quinta-feira, 17 de julho de 2014

A opinião de quem conhece o Canadá

Hoje vou contar a história de uma pessoa que já passou pelo processo de ida ao Canadá, pra estudar. Pedi a minha amiga Amandinha, que contasse um pouco de como foi sua experiência na terra do maple syrup. As fotos desta postagem são do arquivo pessoal dela.

1. Qual o seu nome, profissão e idade?
Amanda Rebello, professora de português e inglês, intérprete, 29 anos.

2. Como você decidiu fazer intercâmbio e por que o Canadá?
Decidi fazer intercâmbio porque queria aprimorar meu inglês e assim ainda teria um certificado de um curso de fora, algo que é bem valorizado no ramo de trabalho no nosso país, escolhi o Canadá porque sempre tive o sonho de conhecê-lo e as pessoas que eu tive contato que já foram para lá sempre me falavam do Canadá de forma positiva, o que aumentou mais ainda minha vontade de um dia ir para lá.


3. Em que cidade/província você ficou e quais foram as suas primeiras impressões?
Ontário/Toronto. Toronto é uma cidade linda, tudo lá é muito limpo, as pessoas são calmas e educadas , é um lugar tranquilo, parece cidade de interior, de tão calma, mas com toda a tecnologia de uma grande cidade, o metrô é muito bem cuidado, tudo lá é muito bem cuidado, as estradas, as ruas, os bairros, as pessoas andam com seus ipads pelas ruas sem medo de serem roubadas, é uma cidade encantadora, visivelmente você tem um sistema de  transporte que funciona, além do metrô você ainda pode usar o ônibus elétrico, sem contar que a  segurança do lugar é algo que faz qualquer um nunca mais querer voltar para o Brasil , os preços são super em conta, para qualquer coisa que você possa comprar, uma coisa legal é que lá eles colocam na etiqueta o quanto de imposto que você paga em cada coisa, você sabe exatamente o que está pagando e o porquê , se você achar algo que esteja com um preço meio salgado, aconselho ir em Chinatown, os produtos são de ótima qualidade e ainda são super baratos, aliás o que mais você vê por lá são coisas made in china, todas de ótima qualidade. Não é à toa que Toronto é considerada a cidade mais multicultural do mundo, além da Chinatown, você encontra um bairro coreano e ainda tem um bairro chamado Itália*, pude ir nestes dois primeiros bairros, mas infelizmente não tive tempo de conhecer o bairro Itália. Fui a uns 3 ou 4 museus por lá, todos um espetáculo, fui aos shoppings, ao cinema, a restaurantes incríveis, em sua maioria asiáticos (japoneses, coreanos e chineses) fui em Niagra falls, simplesmente lindo, uma coisa legal do Canadá é que as províncias são muito perto uma da outra, se você está em Toronto, mas quiser ir para Vancouver, é super perto**, o mesmo se você quiser ir para qualquer outra província, é tudo muito perto.



4. O que mais te chamou a atenção no estilo de vida canadense?
Aparentemente o estilo de vida deles é a base da tranquilidade, eles são muito educados e pacíficos, até na hora de protestar. Teve um dia que eu vi um protesto deles, todos encapuzados por causa do frio, sem gritar, sem falar, apenas com uma faixa grande com seu protesto escrito. Você não vê aquele agito louco que o brasileiro tem para pegar um metrô ou um ônibus, ou a impaciência do transito, mesmo porque como os transportes funcionam, eles não se estressam, tem transporte pra todo mundo, o metrô sai de 5 em 5 minutos, o ônibus, por ser elétrico, é super rápido também e como a maioria prefere o metrô, as ruas e as estradas ficam bem vazias, logo o transito flui numa boa para os carros.



5. O frio sempre preocupa os brasileiros. Qual foi a temperatura mais baixa que você pegou?
O frio realmente é algo complicado, normalmente lá já faz um friozinho natural apesar de terem me contato que hoje em dia você consegue sentir todas as estações direitinho, portanto no verão, é verão mesmo, já no inverno é frio pra valer, como eu fui pra lá no inverno, eu peguei de 0 a -10 graus. Acho que o que -10 graus foi a temperatura mais baixa que peguei por lá.



6. Você fez amigos ou mantém contato com pessoas que conheceu durante o intercâmbio?
Fiz amizade com o casal da homestay que fiquei, a moça era canadense e o marido mexicano, foi ótimo, eles são demais, a moça até me deu de presente uma caixa de chocolate canadense! Fiz amizade com as pessoas com quem eu estudei. Estudei pela ILAC, fiz amizade desde os colegas de classe (a maioria brasileiro e asiático) até os professores, uns amigos meus asiáticos ainda moram por lá, mantenho contato com quase todos.


7. O que você mais gostou na cidade/província onde ficou?
É difícil dizer o que eu mais gostei já que eu gostei de praticamente tudo, acho que poder sair na rua a noite sem se preocupar se vou voltar pra casa ou não foi algo realmente maravilhoso, poder entrar em um transporte sem se preocupar se seria assaltada, se iria demorar muito para chegar ao destino, também foi incrível, poder comprar tudo aquilo que eu tivesse vontade (quase levei as lojas inteiras) sem me preocupar se estava muito caro ou não foi ótimo também (tudo muito barato e de ótima qualidade).


8. Você tem algum ponto negativo a respeito da viagem ou do país?
A única coisa que realmente não me agradou muito foi o frio, mas eu fui no inverno, então não posso dizer se em uma estação "normal" o frio incomoda tanto quanto o que eu peguei por lá.

9. O intercâmbio foi tudo que você imaginou?
Foi tudo e mais um pouco, foi maravilhoso, só passei um mês lá e a saudade que eu sinto é como se eu tivesse passado o ano inteiro, simplesmente amo Toronto.

10. Tem planos de retornar ao Canadá?
Com certeza, se eu pudesse morava por lá e nunca mais voltava ao Brasil.


Esse é o relato da Amanda e eu não vejo a hora de viver meus dias nessa realidade.

* Little Italy é um bairro de Toronto conhecido pela comunidade italiana que mora e trabalha na área, mas há também muitos portugueses e latino-americanos na região.
** A distância entre Toronto e Vancouver é de aproximadamente 3.360 km.

Peace.

“Success is steady progress toward one's personal goals.” ROHN, Jim

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Yes, nós temos passaporte!

Esse post é só pra deixar registrado que, pegamos nossos passaportes. Semana passada, estivemos no posto da Polícia federal do GIG (Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim) e retiramos os lindos. Não que seja difícil ter um passaporte e nem é demorado pra fazer ou ficar pronto, mas como não tínhamos, foi mais um pequeno passo na nossa caminhada em direção à terra do maple syrup.



Aliás, se você não tem, basta acessar o site da Polícia Federal, fazer seu cadastro, pagar a GRU no valor de R$ 156,07 e agendar o dia e a hora do seu atendimento. A disponibilidade de datas pra atendimento vai variar, dependendo do posto de atendimento que você escolher. Como escolhemos o posto do aeroporto, só consegui data pra quase dois meses depois. No dia, o atendimento foi bem tranquilo e o documento ficou pronto em uma semana. Pra retirar, não precisa agendar.


No dia de pegar o documento, passamos umas 4 horas andando pelo aeroporto, porque logo ao chegar, pegamos uma senha e, apesar do atendimento ser rápido (na sua vez, você não leva 3 minutos no balcão), tinha umas 200 pessoas na frente, então tivemos que esperar. Teve muito papo na cadeira de espera, muito gringo sendo admirado - é Copa do Mundo, eles estão todos aqui! - e muito sonho olhando os aviões decolando. Cada um que partia era um sorriso que eu abria e a Sarah tendo palpitações de nervoso/medo de voar. Ver o carrinhos com malas, os passos rápidos, os olhares atentos e curiosos, gente de todos os lugares do mundo. Eu adoro aeroportos. Toda aquela atmosfera de início e fim me deixa, verdadeiramente, nas nuvens.


O desejo é ver esses passaportes com o maravilhoso visto estampado neles. Vamos esperar pelo dia em que faremos uma postagem dizendo que eles pediram nossos passaportes pra isso. Por enquanto, continuamos com os sonhos, com as pesquisas e com todas as pequenas decisões.

Peace.

"We travel, some of us forever, to seek other states, other lives, other souls." NIN, Anaïs